Um longo convívio com a vila de Alenquer e o hábito de reflectir sobre o território resultam num diagnóstico a todo o momento actualizado dos problemas que aqui se verificam, na tentativa de compreender as suas causas e de engendrar possíveis soluções.
São assuntos que a todos os que aqui vivem atravessam, de forma mais permanente ou episódica, e que por isso facilmente para mim se tornam, mais que um motivo de reflexões isoladas, uma forma de me interessar pelos outros, pelo que pensam e pela sua vida.
Por isso, este plano é fruto da minha observação e análise, mas em larga medida também de ideias e convicções de outros com quem convivo, dos que convivem com eles, e até dos que já não convivem, mas cá as deixaram.
Resulta das impressões dos meus familiares mais próximos, em primeiro lugar; dos meus amigos e das pessoas com quem contacto. Mas resulta também dos que fomentam o debate público e nele participam, nas organizações políticas e sociais e nos fóruns de cidadãos, e de todo o lugar onde possa nascer um pensamento com futuro.
Portanto, não desejo apropriar-me da autoria de nenhuma ideia em particular, tantas são as que têm uma origem incerta. Sirvo-me delas para construir um plano que as possa realizar – um plano que também fica à disposição de todos os que queiram melhorá-lo.