O IAT de um território é uma caracterização que estabelece relações quantificadas entre os elementos que o compõem e os estados psico-fisiológicos e emocionais das pessoas que nele estão ou se movem.
O IAT serve para melhor compreender e medir as relações de causa e efeito entre as características dos territórios e aqueles estados nas pessoas, assim clarificando a vocação de cada território e tornando mais previsíveis os efeitos das transformações que nele se operem.
Note-se que diferentes contextos culturais podem configurar padrões diferentes de relação das pessoas com o território, não sendo portanto fiável a aplicação indiscriminada do IAT sem uma ponderada adaptação a cada caso.
O território é uma realidade tão complexa e variada que pode parecer pretensioso classificá-lo com um índice geral de atractividade. Mas, por outro lado, não parece haver mérito algum em desistir de analisá-lo e em recusar compreendê-lo, pelo facto de nenhuma ideia assim construída poder ser totalmente isenta de erros, imprecisões e subjectividades.
Não se espera nem se deseja que decisões sobre o território resultem algum dia de meras análises numéricas sobre parâmetros largamente inquantificáveis. Mas é justamente por tratarmos de matérias complexas e subjectivas que se tornam convenientes instrumentos que possam dar-nos delas uma imagem concreta, que possa ser auxiliar útil ao necessário trabalho da intuição.
O ponto de partida é simples: imagine-se, por hipótese teórica, um território completamente incaracterístico, que em nada nos afecta por bem ou por mal; que em nada nos condiciona ou facilita, em nada nos atrai ou repele, em nada nos inspira ou aborrece. Um território absolutamente indiferente. Este território não existe, evidentemente, mas mesmo apenas imaginado vai ser ele a referência para a classificação dos territórios existentes, que procurará medir os efeitos do território sobre nós.
Entende-se que o território pode afectar-nos sobre quatro variáveis, que correspondem a quatro estados psico-fisiológicos e emocionais básicos, limitando-os ou ampliando-os:
O conforto corresponde às sensações de segurança e de salubridade, de liberdade de movimentos, e de ausência de factores de desgaste físico ou psicológico. A actividade é a quantidade de movimento existente num espaço. A integração é a capacidade de um espaço de gerar interacções. Finalmente, o interesse compõe-se da diversidade e do valor subjectivo dos elementos presentes.
A atractividade de um território resulta da combinação destas quatro variáveis, e é um valor meramente indicativo. É naqueles que se podem descobrir vocações e actuar de forma mais directa.
Mas de que forma afecta o território aqueles quatro estados básicos?
O IAT caracteriza o território em dois grandes grupos de parâmetros: o meio, que integra a morfologia e a exposição climática do terreno, a configuração do espaço público e a arquitectura, e a ocupação, que integra as pessoas, os estabelecimentos e o trânsito.
Nestes dois grandes grupos existe um total de 23 parâmetros, cada um deles com um número variável de critérios de ponderação (tabela 1). A caracterização do território far-se-á pelas classificações que lhes são atribuídas. Cada um deles terá uma ou várias influências positivas (atracção) ou negativas (atracção negativa ou repulsão) nos quatro estados mencionados – conforto, actividade, integração e interesse (tabela 2).
Não sendo estes estados exclusivamente resultantes do território, dependendo de outras influências, o IAT procura medir as perdas e ganhos que a ele sejam imputáveis.
O IAT serve para melhor compreender e medir as relações de causa e efeito entre as características dos territórios e aqueles estados nas pessoas, assim clarificando a vocação de cada território e tornando mais previsíveis os efeitos das transformações que nele se operem.
Note-se que diferentes contextos culturais podem configurar padrões diferentes de relação das pessoas com o território, não sendo portanto fiável a aplicação indiscriminada do IAT sem uma ponderada adaptação a cada caso.
O território é uma realidade tão complexa e variada que pode parecer pretensioso classificá-lo com um índice geral de atractividade. Mas, por outro lado, não parece haver mérito algum em desistir de analisá-lo e em recusar compreendê-lo, pelo facto de nenhuma ideia assim construída poder ser totalmente isenta de erros, imprecisões e subjectividades.
Não se espera nem se deseja que decisões sobre o território resultem algum dia de meras análises numéricas sobre parâmetros largamente inquantificáveis. Mas é justamente por tratarmos de matérias complexas e subjectivas que se tornam convenientes instrumentos que possam dar-nos delas uma imagem concreta, que possa ser auxiliar útil ao necessário trabalho da intuição.
O ponto de partida é simples: imagine-se, por hipótese teórica, um território completamente incaracterístico, que em nada nos afecta por bem ou por mal; que em nada nos condiciona ou facilita, em nada nos atrai ou repele, em nada nos inspira ou aborrece. Um território absolutamente indiferente. Este território não existe, evidentemente, mas mesmo apenas imaginado vai ser ele a referência para a classificação dos territórios existentes, que procurará medir os efeitos do território sobre nós.
Entende-se que o território pode afectar-nos sobre quatro variáveis, que correspondem a quatro estados psico-fisiológicos e emocionais básicos, limitando-os ou ampliando-os:
O conforto corresponde às sensações de segurança e de salubridade, de liberdade de movimentos, e de ausência de factores de desgaste físico ou psicológico. A actividade é a quantidade de movimento existente num espaço. A integração é a capacidade de um espaço de gerar interacções. Finalmente, o interesse compõe-se da diversidade e do valor subjectivo dos elementos presentes.
A atractividade de um território resulta da combinação destas quatro variáveis, e é um valor meramente indicativo. É naqueles que se podem descobrir vocações e actuar de forma mais directa.
Mas de que forma afecta o território aqueles quatro estados básicos?
O IAT caracteriza o território em dois grandes grupos de parâmetros: o meio, que integra a morfologia e a exposição climática do terreno, a configuração do espaço público e a arquitectura, e a ocupação, que integra as pessoas, os estabelecimentos e o trânsito.
Nestes dois grandes grupos existe um total de 23 parâmetros, cada um deles com um número variável de critérios de ponderação (tabela 1). A caracterização do território far-se-á pelas classificações que lhes são atribuídas. Cada um deles terá uma ou várias influências positivas (atracção) ou negativas (atracção negativa ou repulsão) nos quatro estados mencionados – conforto, actividade, integração e interesse (tabela 2).
Não sendo estes estados exclusivamente resultantes do território, dependendo de outras influências, o IAT procura medir as perdas e ganhos que a ele sejam imputáveis.
Tabela 1 – IAT: factores de caracterização do território |
Tabela 2 – IAT: cálculo do índice de atractividade |